Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos;
se alguem chama por nós nao respondemos,
se alguém nos pede amor nao estremecemos,
como frutos da sombra sem sabor,
vamos caindo ao châo, apodrecidos.
É urgente o amor,
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidâo e crueldade,
algúns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegría,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e ríos
e manhas claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
tocada
ResponderEliminarfundida...
ResponderEliminarcoa beleza do poema.
Amigas, per favore, a flotar!!!!
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